Connor

Alguns dias depois...

A noite parecia carregar presságios. O céu, pesado, escondia suas estrelas como se até elas temessem olhar para o que estava por vir. O ar tinha gosto de ferro, silêncio e espera. Ninguém no acampamento dormia. Cada guerreiro, cada lobo, cada aliado respirava fundo, sabendo que o próximo som poderia ser o início da guerra.

E no meio desse silêncio que me sufocava, só uma presença conseguia me manter firme: Hoop.

Ela caminhava entre os guerreiros como se fosse luz em meio à penumbra. Ainda havia sombras da maldição em seu corpo, marcas que me rasgavam por dentro só de olhar, mas seus olhos… seus olhos ardiam com algo que nem magia negra conseguiria apagar. Era fé, era coragem, era destino.

Aproximei-me, deixando que o barulho dos meus passos se perdesse no vento.

— Está com medo? — perguntei baixo, só para ela.

— Sim. — respondeu sem hesitar. — Mas aprendi que coragem não é ausência de medo. É andar mesmo com ele dentro de nós.

Meu peito se aqueceu. Como al