Sim, eu irei! Se eu não for, sempre haverá desconfianças entre nós.
Ele caminha em minha direção e, ainda que minha expressão permaneça calma, tudo dentro de mim treme. Meu coração acelera com uma força quase infantil, como se cada passo dele ativasse um alarme dentro do meu corpo. Quando ele se aproxima e pressiona o corpo contra o meu, é como se o tempo parasse. Seus braços envolvem minha cintura com uma delicadeza firme, aquela que faz parecer que o mundo lá fora não existe mais. Mas ele não se move. Apenas fica ali, parado, como se o simples contato já bastasse.
O ar entre nós fica espesso, quase palpável. Consigo sentir o calor que emana do seu corpo, e sei que o cheiro dele — aquele perfume másculo com toques amadeirados e notas quentes que grudam na memória — vai ficar impregnado na minha pele por horas, talvez dias. Seus olhos castanhos, profundos e intensos, estão fixos no meu rosto. E eu, apesar de todas as minhas feridas, me perco por um instante naquele olhar que parece prometer o mundo.
— Acho que não é justo você ficar aqui. Eu vou por c