Agora vou descobrir o que esse garanhão faz ao passar um tempo ao lado de lindas fêmeas.
Apanho os brinquedos de Felipe espalhados pelo chão da sala e devolvo-os ao baú. O silêncio pesa ao meu redor, mesmo com os sons da casa. Sinto como se estivesse andando em direção ao fim de um penhasco. Cada segundo é uma contagem regressiva até a verdade se revelar. Não vejo a hora de dar o horário de Renata chegar, me produzir, ir à festa, dar tudo certo e acabar logo com essa agonia. Quero saber. Preciso saber. Mesmo que doa. Mesmo que o que eu veja me esmague por dentro.
Faltam algumas horas para o sol se pôr. Acendo as luzes da sala, tentando afastar as sombras que se acumulam dentro de mim. A claridade não alcança o que está escuro aqui dentro. Vou até o bar e abro uma garrafa de uísque. Bebo um gole dele puro, sentindo o calor descer queimando pela garganta, esperando que essa sensação me acalme, me anestesie. Ainda nervosa, puxo as cortinas e as fecho com um gesto rápido, como se isso pudesse me proteger do que está por vir.
Marcello chora no carrinho. Pego ele no colo e sint