O som da respiração de Althea ecoava pelo silêncio da caverna. Ela abriu os olhos, mas a escuridão ao seu redor não era a de um sono tranquilo. Era pesada, sufocante, e algo nela dizia que não estava sozinha.
— Eryon? — Sua voz soou fraca, quase um sussurro.
De repente, um brilho dourado atravessou a escuridão. Os olhos dele, tão familiares, cor de mel, pareciam buscar os seus. Ele estendeu a mão, e o gesto carregava uma ternura que Althea quase não se permitia lembrar. Por um instante, o peso que ela carregava pareceu diminuir. Tudo parecia certo.
O toque dele foi como um bálsamo para o peito apertado dela, até que o calor suave de sua mão se transformou em algo gelado e penetrante, um frio que subiu por seu braço e roubou seu fôlego.
— Eryon... — ela chamou, mas sua voz se perdeu na crescente escuridão.
O sorriso dele desapareceu, e sua figura começou a se desfazer, consumida por sombras que rodopiavam ao redor dela.
— Você não pode me salvar, Althea. — A voz dele soava distante, di