Baby Ortiz Meu coração quase parou de bater. Tenho certeza de que as maçãs do meu rosto estavam vermelhas, porque Ava me olhou desconfiada assim que parou de admirar a peça branca de seda entre os dedos dela.— O que foi?Engoli em seco. Eu podia ser bastante ingênua, mas entendia o motivo para ele não me querer usando alguma peça intima. – Ele pediu para que eu... Eu... – Meus olhos estavam arregalados, o que só serviu para a minha amiga arrancar o bilhete das minhas mãos e lê-lo com os próprios olhos. – Ele não quer o que eu estou pensando, não é? Porque eu não estou nenhum pouco preparada para isso.Ava sorriu largamente. Ela podia ter experiência com coisas do gênero, mas esse não era o meu caso. – Ah, vai se dar bem. Vai ser especial, amiga.Me sentei na cama, sentindo como se o meu coração fosse soltar pela boca a qualquer momento. Me senti ofegante, sem ar, como se estivesse me afogando em medo e paranoia. Estava começando a hiperventilar, quanto Ava se abaixou no meio das min
Dominic Lexington Deveria esperar por ela no último degrau da escada, enquanto a via descer, mas esse tipo de coisa não deveria acontecer entre Baby e mim, então decidi que deveríamos nos encontrar no jantar.Saí do trabalho, tomei um banho rápido no escritório e parti para a festa. Como estávamos organizando toda aquela coisa, eu deveria chegar primeiro para me certificar de que tudo saísse como planejado.Sai pisando duro até chegar ao pequeno palco bem posicionado logo a frente. Obviamente, teríamos um leilão, e eu ainda não fazia ideia de como Baby se sentiria quanto a isso. Dizer que mulheres não estavam na jogada seria mentira, mas ainda não envolvia sexo ou um ano ao lado de desconhecidos. Nesse caso, tratava-se de algo um pouco menos sexual, e mais para mercado de noivados de mafiosos frios.— Dominic... – Uma voz grave ecoou atrás de mim. Me certifiquei de não parecer apressado ao me virar.— Katty... – Ela ainda tinha as mesmas cordas vocais um pouco atrofiadas pelo cigarr
Dominic Lexington Minha gargalhada ecoou pelo salão, atraindo a atenção de pessoas que conversavam de forma casual. Katty se afastou, mas as mãos continuavam em mim, deixando-me profundamente irritado. – E isso não se aplica a você? Devia ter ficado, se me amava. – Olhei no fundo dos olhos dela. – Tinha paixão por você, Ketty. Nunca vou negar o quanto é atraente... – Percorri meus olhos por todo o corpo envolto em um vestido vermelho brilhante. – Você foi boa na cama. Foi boa nos meus eventos, e ao meu lado. Eu, no entanto, nunca disse que te amava. Nunca te amei. Você era cômoda, e me poupava o trabalho de procurar alguém para me ocupar a noite.Ela reagiu, envolvendo os braços ao redor da minha cintura em um aperto envolvente. – Dominic, você e eu sabemos que não está falando sério. Pode nunca ter dito, mas eu senti. Eu senti com cada fibra de mim, enquanto estávamos na cama, o quanto sentia por mim.Continuei olhando para a frente, frio como uma rocha. Aquela mulher estava prestes
Baby OrtizMe senti um pouco sufocada. Aquela mulher me olhava como se eu não pertencesse a este lugar, e acho que ela não poderia estar mais certa. Dominic me encarava como se eu fosse a surpresa da noite, e não sua convidada. Se ele não me queria aqui, então por que tudo isso? Por que disse que seus olhos estariam somente em mim esta noite?Engoli a vontade de sair correndo e o encarei de volta, enquanto ele parecia completamente nervoso e congelado. Eu sabia que seu rosto estava tenso, porque sua mandíbula havia se tornado mais pronunciada que o normal, e havia uma artéria pulsando em seu pescoço. Aquilo só confirmou o quanto ele conhecia bem a mulher que estava ao seu lado. Aquele era algum tipo de jogo? O senhor grande cretino estava tentando causar ciúmes em mim?Lembrei-me das aulas automaticamente.Não demonstre ciúmes Não demonstre raiva por esses homens.Não seja ciumenta, Baby... Não seja.– Katty, esta é a Baby.Ela riu um pouco. – Baby? Sério isso? – Olhou para o meu Do
Dominic Lexington – Ele estava no seu leilão, comprando uma mulher, assim como eu. Então Troy sabe sobre a sua real condição ao meu lado, Baby.Ela arregalou os olhos. Pude ver o exato instante em que a vergonha a tomou, e me senti um pouco culpado. Talvez até cretino, como ela gostava de chamar. Mas esse cara não era o tipo de amizade que Baby precisava, e sinceramente? Por mim não haveria amizade com homem algum. Não importava que eu a tivesse comprado. Baby ainda era a minha mulher. A única que eu queria agora, e ver que outros homens a rondavam sempre que eu não estava por perto, começou a causar certos efeitos em mim. Cá estou eu, paranoico, como nunca fui antes em toda a minha vida.– Desculpe... – O babaca disse. Baby tinha algum tipo de escarnio em seu rosto, mas eu ainda não saberia dizer se aquilo era para mim ou para Troy. Torcia para que fosse a segunda opção. – Eu estava prestes a te contar quando o babaca apareceu. Queria que fosse minha, mas não tive grana o suficiente
Dominic Lexington – Vai ter que me explicar que droga foi isso tudo...Me virei para ela. Adorava a forma como estabelecemos um jogo, como se nenhum dos dois soubéssemos quem o outro era. Essa dinâmica intrigante e que me instigava a abrir as pernas da Baby e entrar nela sem compromisso de sair. Só que às vezes ela parecia acreditar demais na própria personagem, o que, é claro, me causava um certo desconforto. Agora, estava acontecendo um desses momentos.Me virei para ela, enfiando as mãos dentro do bolso por que seria incapaz de tocar nela com calma nesse instante. – Jura que não sabe?Ela tombou a cabeça para o lado da forma mais inocente que eu podia imaginar. Baby costumava fazer isso com frequência, tendo a minha mão como apoio. Era como um daqueles animais fofos que pediram carinho ao se esfregarem na sua mão. Se eu tentasse me esquecer de parte de quem ela é, talvez pudesse acreditar em todas as cenas.– Mesmo?– Mesmo? – Ela desviou os olhos para os meus sapatos por um segun
Baby Ortiz. Andei de mãos dadas com o Dominic, e agora, nenhum dos homens que me encaravam desde que cheguei a festa me olhou novamente. Dominic gesticulou para o Dilan posicionado num canto daquele salão. Ele estava olhando para tudo e todos como se uma ameaça pudesse brotar do chão, então, quando viu o chefe, começou a caminhar na nossa direção. O Dom abriu a porta do carro para mim assim que o alcançamos do lado de fora. Olhei para os lados antes de entrar, e pessoas estavam cochichando sobre algo. Pude deduzir que se tratava do beijo do castigo, então me inclinei até o Dom e toquei seu ombro. – Por favor, não me beije.Ele pareceu confuso, mas assentiu. Entrei no carro, e nesse instante, tudo pareceu frio como gelo. Me recostei nele, porque apesar de ele estar sério demais, estava realmente mais congelante que o clima entre nós dois. Começava a chover, e eu me aninhei nele buscando por um pouco de calor. Talvez fosse esperado que ele me abraçasse, mas o Dom apenas se afastou de
Dominic Lexington Isso deveria ser uma fantasia, certo? Errado, porra. Eu estava ficando puto a cada segundo com aquela cena bizarra. Baby era minha, e ninguém mais tinha permissão de fazer sexo com ela. Nenhum sexo. Eu devia ensinar tudo a ela. Eu devia tocar nela desse jeito.— Pomada! – Ava gritou, jogando as mãos para cima. Os olhos da garota estavam tão arregalados que eu só pude presumir o quanto ela podia estar se aproveitando da inocência da minha mulher.Cerrei os punhos, pisando duro em direção a ela. Obviamente, não estava disposto a bater nela. Não bato em mulheres por que não sou um merda de covarde, mas estava bastante tentando, então o que isso faz de mim? Porque ver a forma como ela estava deitada com as pernas abertas para qualquer outra pessoa que não fosse eu, causava um efeito inesperadamente possessivo em mim.— Ela me depilou! – Baby se apressou em falar. – Completamente. – Os olhos dela também estavam saltados, e ela parecia bastante envergonhada por dizer aqui