Dominic Lexington
Quando abri a porta da sala, os primeiros raios de sol já começavam a iluminar os cômodos, algumas funcionárias estavam preparando o café da manhã, e eu não me importava em não ser percebido.
Andei em direção à cozinha, me certificando de abrir a geladeira e verificar se conseguia encontrar algum gelo para colocar na mão fodida.
— Bom dia, senhor Lexington. Precisa de alguma coisa.
Estava prestes a dizer uma blasfêmia, mas respirei fundo e me acalmei. Ela não tinha culpa das minhas merdas. Me virei para a Ava, parada em frente a mim. Encarar os olhos daquela garota sempre significava que ela olharia os próprios pés, e foi exatamente como aconteceu.
— Gelo. Preciso de gelo.
Ela abriu a boca. O cheiro doce exalava de mim, e tenho certeza que os motivos não eram os certos.
— Ah, claro. Levo para ela?
Franzi a testa, e quando ela desviou seu campo de visão até o meu rosto, e depois abaixou a cabeça novamente, finalmente entendi o que ela queria insinuar. – Para a mão. Te