Vitória,
Alguns minutos depois ele volta com uma roupa, um travesseiro e uma coberta. Ele coloca tudo em cima da cama e para colocando as mãos nos bolsos. Me viro de costas para ele, estou com tanta raiva que poderia até mata-lo só com o olhar.
— Prefiro você com raiva de mim viva, do que morrendo de amores estando morta. — Não o respondo, mas sinto ele atrás de mim. Fecho os meus olhos e sinto o ar da sua respiração no meu pescoço. — Um dia você vai entender.
Continuo comendo sem olhar para ele e nem lhe responder. Então, ouço o barulho da porta. Eu olho para trás, vendo que ele se foi. Solto um suspiro, quanto mais eu tento ser livre, mas ele corta as minhas asas e me mantém cada vez mais presa a ele.
Os dias vão se passando, e como no calabouço, eu só sabia mais ou menos em que horário estavamos pela refeição que ele me trazia. E todas as vezes ele ficava aqui até eu terminar de comer e me convencer que o melhor para mim é estar aqui presa. Eu sempre o ignoro, pego a comida e como