Ficaram apenas Marta e Orson à mesa.
— Quando você vai voltar a morar aqui? — Perguntou Marta, calmamente, enquanto tomava um gole da sopa.
Orson franziu a testa, claramente incomodado.
— Eu pedi para você sair porque não fazia sentido você e Zara morarem aqui. Mas agora que vocês se divorciaram, não há mais motivo para continuar fora. — Continuou Marta, sem rodeios.
— Não precisa. — Respondeu ele, seco. — Ficar onde estou é mais conveniente.
— Conveniente para quê? Levar novas namoradas para casa? — A voz de Marta manteve o tom tranquilo, mas, para Orson, as palavras carregavam um leve tom de ironia.
Ele colocou o garfo sobre a mesa e encarou a mãe, sem expressão. Marta, no entanto, parecia alheia à irritação dele e seguiu falando:
— Estou falando sério. Se você acha que o casamento arranjado pelo seu pai foi um erro, tudo bem. Se quiser tentar algo por conta própria, não vou me opor. Só tem uma condição: eu não vou aceitar que você se case com a Fiona.
— Por quê? — Questionou Orson,