Nos dois anos e quatro meses que haviam se passado, Zara já tinha imaginado inúmeras vezes como seria reencontrá-lo. Mas, sempre que esses pensamentos surgiam, ela os afastava imediatamente.
Ela sabia que o mundo era grande, que agora eles pertenciam a universos completamente diferentes. Ele estava cercado por champanhe e flores, enquanto ela era apenas mais uma pessoa comum, vivendo dia após dia da maneira que podia.
Eles eram como duas linhas paralelas, destinadas a nunca mais se cruzarem.
Mas, naquele momento, a aparição dele desmoronava todas essas certezas que ela havia construído.
Natália ainda estava em seus braços. Quando a menina percebeu que Zara estava olhando fixamente para aquele homem, perguntou, curiosa:
— Mamãe, você conhece aquele moço?
A voz de Natália trouxe Zara de volta à realidade. Ela piscou, retomando a consciência, e respondeu rapidamente:
— Não, eu não conheço.
Orson, que já havia dado um passo em sua direção, parou no mesmo instante ao ouvir a