As sobrancelhas de Orson se franziram imediatamente, mas, dessa vez, ele hesitou antes de desligar o celular.
Zara, por outro lado, soltou o cinto de segurança com um movimento decidido.
— Esquece. Eu volto pra casa sozinha.
Enquanto falava, ela já levava a mão à maçaneta para abrir a porta, mas Orson rapidamente segurou sua mão.
— Para onde você acha que vai?
— Você parece estar muito ocupado. Eu posso chamar um carro e voltar sozinha.
— A essa hora você quer pegar um carro? — Perguntou Orson.
— E o que tem isso? A rua está cheia de carros. Por que eu não poderia? — Zara respondeu, com evidente impaciência.
— Entra no carro! Eu já vou... — Orson começou a falar, mas foi interrompido pelo toque do celular. Era a terceira ligação.
O olhar de Zara ficou ainda mais cínico, carregado de uma ironia mordaz.
— Veja bem, você está tão ocupado que não precisa se preocupar comigo. Eu volto sozinha.
Dizendo isso, ela afastou os dedos dele com firmeza.
Orson tentou segurá-l