De qualquer forma, Zara já sabia quem ele realmente era. Talvez fosse melhor assim. Todo mundo via apenas o lado gentil e encantador de Orson, mas Zara era a única que conhecia sua parte sombria.

E era assim que deveria ser, afinal, ela era sua esposa, a única pessoa neste mundo com o direito de envelhecer ao lado dele. Era natural que ela visse o seu “verdadeiro rosto”.

Orson, no entanto, não havia imaginado que seria daquela maneira e naquele cenário que isso aconteceria.

Depois de uma noite quase insana, Orson acordou. Apesar de ter dormido apenas duas horas, ele se sentia surpreendentemente bem.

Zara ainda estava profundamente adormecida ao seu lado. Seus olhos estavam inchados, e marcas cobriam seu corpo, do pescoço para baixo. Nos ombros, ainda era possível ver as marcas de mordidas que ele havia deixado.

Mas Orson não se lembrava exatamente de quando tinha feito aquilo, e, para ser sincero, ele não se importava.

Enquanto se vestia, ele ligou para a recepção do hotel