Zara mal terminou de falar, e Emory sorriu.
Ela não entendeu muito bem o motivo do sorriso e franziu levemente as sobrancelhas.
— Eu ia dizer que não foi você quem me prejudicou, e sim o contrário. Fui eu quem te prejudicou. Afinal, se não fosse por aqueles segredos que usaram contra mim, eu nunca teria soltado sua mão naquela época. Mas... O mundo não vive de "e se", e ficar aqui jogando a culpa um no outro... Parece que não faz sentido algum.
As palavras de Emory fizeram Zara sorrir também. Ela assentiu.
— É, não faz sentido.
Não só revisitar o passado era inútil, como também as palavras que trocavam agora não pareciam ter propósito algum.
Zara percebeu isso, e Emory também. O silêncio tomou conta, e eles não conseguiam mais continuar a conversa.
Zara se lembrou de como costumava conversar com Emory antes. Ela recordava que, naquela época, sempre tinham muitos assuntos. Mas agora, sentados frente a frente, ela não conseguia pensar em nada para dizer.
Nem ela, nem ele.