Zara não se lembrava de como havia saído do hospital.
Naquele momento, era verão em Cidade N, mas, mesmo com o sol batendo em sua pele, ela não sentia um pingo de calor. Pelo contrário, o suor frio escorria por suas costas, e seus dentes batiam involuntariamente de tanto que ela tremia.
O táxi não demorou a chegar ao Brisa do Mar.
Ao encarar aquele lugar que lhe era ao mesmo tempo familiar e estranho, Zara se lembrou das palavras de Carlos: “Essa é a nossa única chance de vencê-lo.”
Talvez Carlos quisesse apenas usar as provas para chantagear Orson, forçando-o a fazer alguma concessão.
Mas Zara tinha pensamentos diferentes. Ela sabia que, conhecendo Orson, mesmo que ele cedesse no momento, ele certamente encontraria uma forma de recuperar cada centavo perdido.
Com alguém como ele, não se podia vacilar. Era como enfrentar um predador feroz em plena savana: infligir um ferimento superficial só serviria para deixá-lo ainda mais furioso. Para vencer, era preciso encontrar o mom