Depois de alguns meses, a Rua dos Ventos continuava praticamente a mesma. Era como se aquele canto tivesse sido esquecido pelo brilho da cidade grande. Não havia arranha-céus, carros de luxo ou vitrines sofisticadas. Apenas prédios de alturas desiguais, aparelhos de ar-condicionado pingando água e uma churrascaria no térreo que provavelmente nem licença de funcionamento tinha.
Zara caminhou devagar pelas calçadas irregulares até pegar um táxi de volta ao hotel.
Naquela noite, ela dormiu surpreendentemente bem. Sem sonhos, um sono profundo que só terminou quase ao meio-dia, quando acordou.
Seu voo era na madrugada seguinte. Quando ela pegou o celular, viu que Emory havia enviado uma mensagem, convidando-a para jantar na casa dele.
Zara pensou em recusar, mas antes que pudesse enviar sua resposta, outra mensagem chegou. Emory explicou que sua família já estava comentando sobre como o relacionamento dos dois parecia distante e que, inclusive, estavam cogitando apresentar pretenden