O apartamento ao lado já estava vazio.
Mesmo assim, Zara não ousou soltar a voz. Desesperada, tudo o que ela pôde fazer foi cravar os dentes no pescoço de Orson.
Ele, no entanto, não soltou um único gemido de dor. Apenas segurou o queixo dela e, sem hesitar, tomou seus lábios num beijo intenso.
O quarto permanecia mergulhado na escuridão, e ao longe, o som dos fogos de artifício ainda ressoava pela janela, misturando-se ao toque insistente de um celular.
Zara ouviu o toque e empurrou Orson com a mão.
Mas ele não parou. Tampouco demonstrou intenção de atender a ligação.
Do outro lado da linha, a insistência continuou. O celular tocava sem trégua, até que, depois de Zara chamá-lo várias vezes, Orson finalmente cedeu, pegou o celular e atendeu, visivelmente irritado.
— Alô? — A voz dele saiu rouca, carregada de impaciência.
Não se sabia o que foi dito do outro lado, mas, de repente, sua expressão mudou completamente.
— E depois? Qual é a situação agora? — Após um breve silêncio, ele acres