Planos e Sonhos
(Lívia)
O domingo amanheceu suave, iluminado por um sol preguiçoso que se infiltrava pelas cortinas do quarto de Heitor.
Acordei aninhada em seus braços, com a respiração dele aquecendo minha nuca e os batimentos fortes do seu coração embalando meus pensamentos.
Demorei alguns minutos para abrir os olhos.
O conforto de estar ali, protegida e amada, era algo que eu queria eternizar.
Ele se mexeu levemente, beijando meu ombro exposto.
— Bom dia, furacão — murmurou, a voz rouca de sono.
Sorri sem abrir os olhos.
— Bom dia, meu amor.
Ficamos mais um tempo em silêncio, apenas sentindo a presença um do outro, sem pressa, como se o tempo tivesse finalmente decidido parar para nós.
Até que a realidade — e o cheiro de café vindo da cozinha — nos lembrou que tínhamos um almoço importante para ir.
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Já arrumados, saímos de mãos dadas em direção ao clube da cidade, onde nossas famílias e amigos mais próximos nos esperavam para o almoço pós-noivado.
Era o fechamento