Ondas, Confissões e Desejos
Lívia
O sol invadiu o quarto com a delicadeza de uma cortina de seda sendo puxada. A brisa leve trazia o cheiro do mar, e o corpo de Heitor ainda colado ao meu confirmava que a noite passada não fora um sonho.
Despertei com um beijo em meu ombro e um sussurro rouco no ouvido:
— Bom dia, furacão.
Abri um sorriso preguiçoso.
— Não tem como ser mau com esse corpo colado no meu.
Nos levantamos lentamente, entre beijos e mãos que não queriam se soltar. Vestimos roupas leves e descemos para o café.
Na varanda, Felipe já estava servindo frutas, pães e café fresco. Cecília vinha logo atrás, com os cabelos bagunçados, óculos escuros e um sorrisinho no canto da boca.
— Bom dia, casal felicidade — ela provocou.
Heitor e Felipe trocaram olhares cúmplices. Logo anunciaram:
— Vamos aproveitar as ondas. Tem swell chegando.
Desceram com as pranchas nos braços, deixando o ambiente só para nós duas. Cecília nem esperou a porta se fechar para se jogar