151. Posse oficial
O som suave dos saltos de Isabela ecoava pelo corredor do décimo terceiro andar. Era quase simbólico: seus passos firmes contrastavam com a leve tensão que sentia no peito. Ela já havia ocupado aquela sala diversas vezes — em reuniões, apresentações, até mesmo durante as semanas intensas do projeto social —, mas desta vez era diferente. Desta vez, ela estava prestes a assinar um novo capítulo.
Na recepção, Marina sorriu ao vê-la.
— Pronta? — perguntou com um brilho nos olhos.
— Acho que sim. — Isabela riu baixinho. — Quer dizer… o tipo de “pronta” que a gente sente antes de pular de paraquedas.
— Pelo menos você vai ter um crachá novo em vez de um paraquedas! — brincou Marina, piscando.
As duas seguiram até a sala de reuniões menor, aquela com vista para a lateral do edifício e um painel de vidro fosco decorado com folhas discretas. O espaço havia sido reservado pela manhã a pedido da Sra. Almeida, que insistira para que a cerimônia fosse íntima, mas ainda assim simbólica. “