Era segunda-feira, 7h da manhã, quando o silêncio do edifício Mendes & Associados foi quebrado por três viaturas da Polícia Federal. Os agentes desceram com pastas, mandados e olhares determinados. David Mendes, ainda em sua sala de reuniões, não teve tempo de reagir. A porta foi aberta com firmeza, e o delegado entrou com autoridade.
— Senhor David Mendes? Temos um mandado de busca e apreensão. A partir de agora, sua empresa está sob investigação formal por fraude fiscal, desvio de verbas públicas e corrupção ativa.
David tentou manter a postura, mas a cor de seu rosto mudou. Os executivos presentes se afastaram discretamente, como se o escândalo fosse contagioso. Ele se levantou, indignado.
— Isso é um absurdo! Eu sou um homem respeitado! Tenho conexões!
— E é por isso que estamos aqui — respondeu o delegado. — Porque suas conexões estão sendo investigadas também.
Enquanto os agentes vasculhavam arquivos, computadores e documentos, David ligava freneticamente para seus advogados. Ne