O jato pousou suavemente no hangar privado da família Santos, envolto pela escuridão da madrugada. O plano era simples: chegar antes do amanhecer, antes que qualquer olhar curioso pudesse associá-los. Pedro e Isabela sabiam que, ao cruzarem aquela porta, voltariam a vestir suas máscaras. Mas por um instante, ainda eram apenas eles.
Na penumbra da cabine, Pedro segurou a mão de Isabela com firmeza. Ela se aproximou, e o beijo que trocaram foi demorado, carregado de sentimento, como se tentassem eternizar cada segundo vivido na cabana.
— Vou lembrar de cada momento que vivemos lá — disse Pedro, com a voz embargada. — E assim que for possível, quero voltar com você. Nem que seja por uma hora, comprei aquele lugar para nós dois.
Isabela sorriu, o abraçou forte e sussurrou ao ouvido dele:
— Vou sentir sua falta me esquentando à noite.
Pedro acariciou o rosto dela com ternura.
— Eu também. Mas assim que tudo isso acabar, eu prometo: nunca mais vou te soltar.
Eles se despediram com um último