Parte 1 – Ecos do Silêncio
O som da chuva batendo contra as janelas da mansão Santos parecia acompanhar o ritmo do coração de Pedro. Enquanto Isabela descansava no quarto, ainda debilitada pela febre, ele se preparava para uma reunião por teleconferência com os investidores do país A. O clima era tenso. Os investidores questionavam uma cláusula do contrato que, Pedro sabia, estava perfeitamente descrita e assinada quando ele ainda residia naquele país.
Sentado em seu escritório, ele se esforçava para manter a concentração. A voz dos investidores ecoava pelo alto-falante, exigindo explicações. Pedro, com a postura firme de quem conhece bem seus negócios, respondeu com segurança. Mas algo o incomodava. A lembrança de que todos os documentos daquela época haviam sido embalados pela governanta da propriedade e enviados para a mansão.
— Augusto — chamou Pedro, dirigindo-se ao mordomo que sempre estava por perto. — Onde foram guardadas as caixas com os documentos que vieram do país A?
— Est