Pedro estava inquieto. A semana havia sido tensa, e os dias se arrastavam com o peso de uma decisão que parecia inevitável. Em poucos dias, ele e Isabela assinariam a oficialização do divórcio. O prazo de reflexão de trinta dias estava prestes a expirar, e com ele, a última chance de reverter o curso da história que os dois haviam construído — ou deixado de construir.
Mas o destino, silencioso e imprevisível, interveio.
Na quinta-feira anterior ao prazo final, um problema grave surgiu na filial do Grupo Santos no país A. Um erro estratégico, somado a uma falha de comunicação interna, havia comprometido uma negociação milionária. Pedro, como CEO, não podia delegar. Precisava estar lá. Precisava resolver.
A viagem foi marcada às pressas. Em menos de doze horas, Pedro estava em um avião, cruzando o oceano com a cabeça cheia de relatórios, números e, inevitavelmente, lembranças. O que ele não esperava era que o problema fosse tão complexo. Ao chegar, percebeu que a solução exigiria tempo