Estava tomando café com Elisa e Lívia quando minha governanta entrou e me entregou um envelope grosso da cor preta com detalhes em dourado, não havia logotipo. Apenas uma única linha escrita à mão:
"Almoço em família. Amanhã. Meio-dia. Não me faça pedir duas vezes. Eleonora D'Ambrosio"
Sorri de forma cínica ao ler. Típico da minha mãe: direta, autoritária e incapaz de demonstrar qualquer coisa que se aproxime de carinho. Um simples "por favor" seria mais difícil para ela do que qualquer transação milionária.
Joguei o envelope sobre a mesa e minha amiga o pegou e assim que leu me encarou.
— Você vai? — Lívia perguntou.
— Não estou com a menor vontade, acho que vou recusar.
— Sua mãe não vai deixar! Você a conhece melhor do que ninguém.
— Sim, só que ela não me conhece, pelo não mais.
Eleonora. A mulher que me expulsou da família como se eu fosse um erro de cálculo. A mesma que agora... me convidava de volta?
— Elisa — chamei. — Ligue para a mansão D’Ambrosio. Recuse o convite. Com