O silêncio do meu escritório era quase absoluto, quebrado apenas pelo leve som do ventilador do notebook e pelo tilintar ocasional da minha caneca de café contra o vidro da mesa. À minha frente, o contrato enviado por Dante Morelli. As palavras dançavam na tela como se estivessem testando minha atenção. Cada cláusula era um convite e um desafio.
Fechei os olhos por um momento, inspirando profundamente. O aroma do café recém-passado era forte, mas não o suficiente para abafar o zumbido de alerta em minha mente. A proposta era audaciosa. Uma fusão parcial entre a Phoenix e a Morelli International, focada em uma joint venture de tecnologia verde com investimento inicial de 200 milhões de euros. Em troca, eu teria acesso a mercados europeus e uma cadeira no conselho internacional. Poder puro.
Mas também havia riscos. Cláusulas que exigiam exclusividade em determinadas áreas. Exposição da Phoenix a auditorias externas. Controle compartilhado em projetos futuros. Dante estava oferecendo uma