Deu de ombros, como se aquilo não significasse absolutamente nada — embora ambos soubessem que significava muito.
— É. E daí? — respondeu, dando um gole no próprio copo. — Achei que você podia começar o dia menos rabugenta.
Luna encarou o copo, depois Damian, depois o copo de novo.
— Isso é... estranho — ela murmurou, pegando o café com uma expressão desconfiada.
— Estranho seria eu ignorar você, estressadinha. — Ele piscou, aquele sorriso safado colocando no rosto como se fosse tatuagem.
Ela bufou, levando o café à boca, e odiou — odiou com todas as forças — que aquele fosse exatamente o tipo que ela gostava.
— Acertou, né? — ele perguntou, apoiando o queixo na mão, observando-a como se ela fosse um enigma que ele estava decidido a decifrar.
— Você é insuportável — retrucou, desviando o olhar.
Damian riu, balançando a cabeça.
— E você é pé
O silêncio entre eles era desconfortável. Desconcertante. Quase tão sufocante quanto a presença dele ali, naquela mesa da biblioteca, como se aque