A noite chegou como uma avalanche, e com ela, o caos interno de Luna só piorou. Ela já havia trocado de roupa três vezes. Nada parecia certo. Nada parecia bom o suficiente. Era só um café. Um café. Mas, na cabeça dela, parecia mais uma entrevista de emprego para vaga de amor da vida do Hayes.
— Zoe, me ajuda. Eu tô surtando — disse, aparecendo na porta do quarto com uma calça jeans escura e uma blusa preta simples.
Zoe a olhou de cima a baixo, pensativa.
— Tá gata. A questão é: quer parecer desinteressada ou perigosamente linda sem esforço?
— Existe diferença?
— Muita. Uma espanta, a outra faz o cara querer implorar por um segundo encontro.
Luna rolou os olhos.
— É só um café, Zoe.
— Não é só um café — ela cruzou os braços. — É a primeira vez que você vai ver ele fora do ambiente "irritação mútua programada".
Luna se olhou no espelho. Respirou fundo. Ajeitou o cabelo.
— Tá. Vou com essa roupa mesmo. Se ele não gostar, azar o dele.
— Isso aí! A autoconfiança é afrodisíaca — disse Zoe,