Capítulo 142
Quando a verdade explode diante das câmeras.
O salão da coletiva estava lotado. Câmeras, microfones, jornalistas do mundo inteiro aguardavam, em tensão, a primeira aparição pública de Naia Beaumont após meses de silêncio. As cortinas brancas balançavam com o vento da primavera francesa, mas o ar parecia pesar toneladas.
Naia entrou. Vestia branco, os cabelos presos com elegância, e o olhar firme de quem estava cansada de ter medo. Nos braços, um bebê envolto em manta azul. Dois seguranças a acompanhavam discretamente.
O burburinho cessou assim que ela se posicionou diante dos microfones. Ela respirou fundo. Sabia que o mundo assistia. Sabia que Rafael também estava assistindo — e achava que o controle ainda era dele.
— Boa tarde a todos. Sei que muitos acompanharam com dor o que vivi. Fui dada como mãe de luto. Chorei a perda de um filho que nem sequer pude enterrar. Me tornei símbolo de uma tragédia silenciosa.
Pausa. Flashs.
— Mas algumas semanas atrás, recebi um