Narrado por Anya Petrova
O cheiro de pólvora ainda estava impregnado nas paredes. O eco dos disparos se dissipava lentamente pelos corredores, mas o silêncio que restava era ainda mais sufocante.
Dmitri caminhava à frente, o fuzil firme nas mãos, e a cada passo o som das botas dele batia como um martelo na minha mente. À nossa volta, corpos caídos, sangue espalhado pelo chão da escola onde, horas antes, havia apenas risadas de crianças.
Quando chegamos ao pátio, o último grupo de mercenários resistia. Dmitri não hesitou. Atirou, um a um, até que só restasse um vivo. O homem largou a arma, ajoelhado, as mãos para cima, tremendo como um animal encurralado.
Dmitri: — Levem para o galpão. Quero ele respirando.
Dois dos seguranças obedeceram sem uma palavra, arrastando o homem desesperado para fora. Dmitri limpou a arma com calma, como se estivesse tirando poeira de um objeto qualquer. O olhar dele estava frio, resoluto.
Tentei aproveitar a distração. Dei dois passos para trás, em direção