Narrado por Anya Petrova
O som dos pneus do carro cortou o silêncio do jardim. Assim que vi o veículo preto entrar pelo portão, meu coração acelerou. Não era medo, era alívio. Eu esperava por aquele momento desde que Dmitri, depois de muita insistência, cedeu e autorizou a visita.
Quando Darya e Polina desceram do carro, não consegui me segurar: praticamente corri até a porta.
Anya: — Finalmente!
As duas deixaram as malas no chão e me abraçaram ao mesmo tempo, apertando forte como se quisessem compensar os dias de distância.
Darya: — Eu tava com saudade da sua cara de brava.
Polina: — E eu tava com saudade de te zoar.
Eu ri, emocionada.
Anya: — Vocês não têm ideia do quanto eu precisava de vocês aqui.
Darya: — Ah, temos sim. — ela me encarou séria por um instante. — Se não tivesse choramingado pro Don, nunca que ele deixava.
Polina: — Verdade. A gente só conseguiu vir porque você apelou. Senão... impossível.
Revirei os olhos e puxei as duas para dentro da mansão. A sala já estava prep