Ele não convidou, determinou, deixando claro que minha recusa não seria uma opção e a possibilidade de viajar para um país tão distante me deixou atônita.
— A-Austrália? M-mas eu nem tenho um passaporte.
— Isso não é problema. Pode ser providenciado.
— Sou menor de idade. Não posso viajar sem autorização da minha mãe.
— Isso já foi resolvido. Comprei a autorização dela. Mais alguma objeção?
Eu o fitei aturdida, sem conseguir acreditar, ou mesmo saber o que pensar.
— Acho que não.
Ele observou-me durante um instante de silêncio, parecendo reflexivo. Então voltou seu olhar para uma petrificada Julie.
— Você gostaria de vir com a gente? — indagou e Julie quase deu um pulo de euforia.
— Sério? Eu? Mas é claro que quero. Ai, meu Deus, nem acredito que vou andar de avião e conhecer outro país!
— Vou precisar da autorização dos seus pais?
— Não. Eu já tenho dezoito — informou, orgulhosa.
— Ótimo. Partiremos na segunda-feira. Tenham certeza de que tudo estará resolvido na escola antes de irmo