A constatação despertou a mais incontrolável fúria em meu íntimo e apressei-me em afastar sua mão de mim.
— Já chega. Quero descansar agora — falei, com os dentes trincados.
Voltei a me deitar sobre a espreguiçadeira e fechei os olhos, forçando-me a ignorar sua proximidade, a reprimir o turbilhão de emoções e sentidos que fervia em meu interior.
— Quero estar presente na próxima consulta. Por favor, não me deixe de fora novamente.
— É difícil ficar de fora, não é? — indaguei, com a fúria tomando conta de mim, alastrando-se pelas minhas veias.
— Delancy, eu já disse que você sempre vai fazer parte da vida dessa criança.
Dominada pelo ódio cego, pela sua pretensão de tirar meu filho dos meus braços, voltei a me sentar e o encarei fixamente.
— Eu já entendi. Você não precisa ficar repetindo essa merda! — esbravejei, com ódio mortal. — Eu já disse que vou entregar meu filho a você, mas é só isso. Minha vida é minha! Você não tem nenhum direito de interferir em nada do que eu fizer, como t