— Não estou não. Rolou o maior clima entre vocês. Pode me contar agora mesmo o que está me escondendo.
— Eita, mas você não desiste!
— Não mesmo.
— Vamos pro meu quarto. Não quero ninguém nos ouvindo.
A levei para o imenso aposento onde dormia no segundo andar e contei-lhe tudo, a forma como aquele homem me fez sentir em seus braços, o quanto eu o queria, o peso na consciência que ele carregava por acreditar que havia me molestado no clube.
— Se você contar a verdade a ele, sobre o que aconteceu na noite em que engravidou, talvez a gente nem precise fugir — disse Julie, após me ouvir atentamente. — Ele pode nos levar pra São Paulo, quando voltar a morar lá, pode nos dar emprego e casa, porque afinal você será a mãe do filho dele. Não vai nos deixar desamparadas.
— Pelo amor de Deus, você está falando igual a minha mãe, esperando algo de bom desse homem, quando tudo o que ele tem a oferecer é maldade. Nada disso. A gente precisa fugir o quanto antes.
Não era porque eu sentia essa atraç