Os dois dias que se seguiram me mantiveram completamente ocupado com o trabalho de desvio do oleoduto, de modo que mal vi o tempo passar e, quando dei por mim, já havia chegado o dia do aniversário de Delancy.
Ela estava completando dezoito anos, era adulta, uma pessoa independente e livre para fazer o que quisesse da sua vida. E faria mesmo, se não fosse por mim, que estava pronto para ameaçá-la, caso não desistisse daquela fuga insana. Eu diria a ela que pretendia subornar algum juiz para proibi-la de ver aquela criança, caso insistisse em levá-la para longe de mim, antes de nascer. Não havia um lugar onde ela pudesse se esconder. Assim que o bebê nascesse, eu iria atrás dela e o tiraria dos seus braços, garantindo que nunca mais voltasse a vê-lo.
Eu tinha certeza de que, com isto, conseguiria convencê-la a ficar. Porém, estava certo também de que, a partir daquele dia, ela nunca mais seria minha e tudo o que eu teria dela, seria seu ódio. Essa seria a parte mais dolorosa da minha c