Dominado pelo turbilhão de emoções exacerbadas, eu a amei com toda a minha intensidade, dando-lhe e recebendo prazer, beijando cada minúscula parte do seu corpo, guardando seu gosto e seu cheiro, experimentando pela última vez a sensação de estar dentro dela. Até que, por fim, ficamos imóveis na cama, nus, suados, aconchegados um ao outro, envolvidos pelo silêncio carregado de um desassossego cujos motivos eram diferentes para nós dois.
— Delancy, eu te amo — sussurrei. Antes que ela tivesse tempo de dizer alguma coisa, virei-me de lado e fixei meu olhar em seu rosto surpreso. — Te amo loucamente, com todo o meu coração.
Ela me deu um sorriso emocionado.
— Eu também te amo. Mais do que já amei alguém um dia e estou feliz, porque vamos criar nosso filho juntos.
Engoli em seco, antes de continuar falando:
— Não podemos fazer isso. Não podemos ficar juntos. — Seu sorriso foi se desfazendo lentamente, à medida em que a confusão se refletia no brilho do seu olhar. — Você é muito jovem, qua