Delancy gritou.
Gritou sem pensar.
Ela chutou a parede com tanta força que o estalo pareceu um trovão dentro do quarto. O dedão do pé explodiu em dor, irradiando como fogo até a panturrilha. “Droga!” gritou, arfando, os olhos ardendo. “Foda-se essa merda!”
A respiração vinha em solavancos, e o peito parecia prestes a rasgar de dentro pra fora. Ela agarrou o celular no bolso com tanta força que os dedos doíam. “Seus malditos!” Ela berrou, sem olhar pra Isla nem pra Damon. E então lançou o aparelho contra a parede com a força de quem queria arrancar a alma pela ponta dos dedos.
O som do impacto foi brutal, uma explosão seca, vidro estilhaçado, plástico quebrando e pedaços voando.
Ela encarou os destroços no chão, trêmula, o coração disparado, esperando sentir qualquer coisa que se parecesse com alívio. Mas não veio.
“Eu sou uma porra de uma cobaia, é isso?!” cuspiu, virando-se para Isla, os olhos em brasa.
Isla não respondeu.
Continuava ali, de pé, como se tudo estivesse sob contro