Delancy passou o pano pela última vez no chão do corredor e se endireitou devagar. As costas doíam, o joelho reclamava e os dedos estavam vermelhos e enrugados pela água com sabão. Ainda assim, não reclamou. Pegou o balde, a flanela suja e seguiu em silêncio até o quarto.
O caminho era longo quando se estava cansada. As vozes abafadas do jantar ainda ecoavam pela casa, tudo tão distante dela que parecia de outro mundo.
A menina empurrou a porta do quarto com o ombro, os ombros ainda curvados pelo cansaço, e entrou. Deixou o balde no canto, soltando um suspiro baixo, e começou a desabotoar o uniforme, já imaginando o alívio de estar longe dos olhos de todos.
Mas então parou.
Um sobressalto atravessou seu corpo quando viu a figura sentada na cama. “Meu Deus, eu não te vi!” Seu coração deu um salto no peito, e ela levou a mão ao peito, instintivamente.
Isla estava ali.
Silenciosa. Imóvel. Com os olhos fixos nela.
A mãe segurava um papel entre os dedos. Não era qualquer papel. Era a carta