Terminado o aquecimento, ainda alongo braços, pescoço e pernas. Preciso sentir meu corpo desperto, alerta, vivo. Pulo algumas vezes, mexo os quadris, giro os braços — tudo para soltar qualquer resquício da fábrica, do cansaço, do peso que carrego diariamente.
Uma batida suave na porta me faz parar.
Abro, e Thomas sorri ao me ver pronta — ou melhor, transformada.
Eu, no entanto, o encaro séria. Agora estou concentrada.
— Pelo visto, já está pronta, ele comenta.
— Sim, respondo.
— Muito bem. Então vamos.
Saio atrás dele, mas a poucos passos no corredor, outro rapaz surge correndo.
— Thomas! Renata está pedindo você lá embaixo. Urgente! Rápido!
Vejo Thomas empalidecer, completamente sem ação por alguns segundos.
— Droga… — ele murmura. Depois se vira para mim. — Você… você pode seguir sozinha daqui?
Ele aponta para frente.
— É fácil. Vá até o final do corredor, pegue o elevador, terceiro andar, vire à direita e entre na segunda porta à direita.
Ele franze a testa. — Não, não… é isso mesm