A loira ergue o queixo, e eu faço o mesmo, ajeitando minha mochila nas costas, sentindo a fita preta que segura o fecho defeituoso roçar na minha palma.
— Sim, sou eu — digo com firmeza.
Ela levanta as sobrancelhas perfeitas, moldadas com maquiagem profissional, e então se vira para o rapaz ao lado.
— Thomas, leve a senhorita Aminah ao camarim e mostre o local do teste.
O sorriso dele é educado, simpático.
— Vem comigo, por favor.
Eu o sigo pelo saguão luxuoso sem me importar com os olhares que recebo — alguns curiosos, outros julgadores. Já me acostumei a ser medida de cima a baixo por quem acha que posso ser reduzida ao que visto ou ao modo como cheguei até ali.
Entramos em um corredor comprido, cheio de portas e iluminação suave. Dois seguranças muito bem vestidos, de terno negro impecável e crachá no peito, patrulham o local em passos firmes. Suas expressões são sérias, profissionais, quase inabaláveis.
Caminho ao lado de Thomas até que ele para diante de uma porta grande, do lado