Capítulo 11 — O SABOR DA TRAIÇÃO

A pasta cinza sob a mão de Isla não era papel. Era uma fronteira.

Seu toque havia sido o de uma estátua. Agora, os dedos ganharam vida própria, virando a capa com um som seco que ecoou no escritório vazio.

Dentro, não havia fotos de famílias sorridentes. Era um dossiê sobre a Confeitaria Dulce, uma rede média com problemas de expansão. Gráficos, balanços, cláusulas contratuais. A linguagem era estéril. Mas os números contavam uma história de asfixia lenta.

Enquanto seus olhos escaneavam linhas de dívida, um cheiro sutil invadiu suas percepções. Não era o do café da sala. Era madeira, âmbar e algo limpo e impiedoso. O perfume de Ezra. Impregnado em suas próprias roupas desde a proximidade na Sala 7, desde o seu sussurro no elevador. Um calafrio que não era de repulsa percorreu sua nuca. Seu pulso acelerou. Ela se odiou naquele segundo mais do que em qualquer outro.

Para se ancorar, forçou a mente a buscar Kai. Fechou os olhos. Tentou conjurar o cheiro de canela e massa fresca, o som da
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