Enquanto ainda tentava entender, Gabriel ouviu a enfermeira responder, quase com certeza absoluta:
— A probabilidade é muito grande. Mas, para um laudo definitivo, será necessário realizar o exame de parentesco.
As palavras caíram como um choque. Não foi apenas Renato que ficou imóvel, petrificado. Gabriel também congelou.
“Como assim…?
Renato seria parente de Beatriz?”
— Ei, a sua irmã não é a Vitória? — Gabriel finalmente recobrou os sentidos e, franzindo a testa, disparou contra Renato. — O que diabos está acontecendo aqui?
Mas Renato não respondeu. Continuava parado, o olhar perdido, mergulhado no vazio.
Era estranho: ele mesmo havia levantado aquela hipótese sem sentido, tinha insistido no exame… E, ainda assim, diante do resultado, ficou completamente atordoado.
Ele sabia muito bem: o teste de GVHD não deixava margem. Só em casos de parentesco próximo surgia esse tipo de reação.
E a enfermeira havia sido clara: “A probabilidade é muito grande”.
A conclusão estava diante dele. Nem