Lá do alto, Renato observava Gabriel como quem encara alguém por quem já não resta um fio de paciência.
Sua voz saiu fria e direta, sem espaço para qualquer réplica.
— Pra que perder tempo falando com ele? Resolva isso.
— Sim, senhor. — Respondeu Karine com prontidão.
A garganta de Rafael travou.
“Resolver?
Resolver como?
Tipo… Cortar o pescoço ali mesmo?”
O medo fazia sentido. Aquilo seria crime no país.
Mas, vindo do Sr. Renato, Rafael acreditava que ele seria perfeitamente capaz.
Um formigamento percorreu o couro cabeludo de Rafael.
Aterrorizado, ele tentou reagir.
— Sr. Renato, por favor… o nosso Sr. Gabriel só gosta da Srta. Cristiane! Nossas ações não constituem nenhum crime perante a lei, então o senhor…
Karine sorriu antes que ele terminasse.
Era um sorriso educado, porém mortal.
— Desculpe. A lei deste país não se aplica a nós.
As pernas de Rafael quase cederam.
No mesmo instante, sua mente projetou inúmeras versões da própria morte.
“Meu Deus… Eu sou só um assistente! Será qu