Eros apenas assentiu, o olhar firme em Kington. Ele não falaria nada naquele momento. Mas sua presença já dizia tudo.
Enquanto o juiz se retirava, o barulho das cadeiras sendo empurradas ecoava na sala. Lá fora, os jornalistas já se aglomeravam. A guerra pela verdade não havia terminado — apenas começado de verdade.
E no fundo de todos, uma expectativa crescia: a próxima audiência traria Harper.
E com ela, a força de quem sobreviveu calada — mas que agora, talvez, estivesse pronta para falar.
A recepcionista da Williams Corp. mal levantou os olhos quando a porta de vidro se abriu. Mas parou de digitar ao ver quem entrava. Aquela mulher de passos seguros, olhar gelado e presença cortante como lâmina.
— Posso ajudar?
— Harper Harris. Tenho hora marcada com Edgard Williams.
A recepcionista engoliu seco. Aquela era a mulher do caso. A que sumira por meses. A vítima que agora voltava… diferente. Fria. Determinada. Em minutos, Harper foi conduzida até o último andar do prédio