O mundo lá fora, com suas chuvas e intrigas, tornou-se apenas um borrão distante. Dentro do quarto, a meia-luz das luminárias de parede e a lareira lançavam sombras quentes que lambiam as cortinas de veludo da cama de dossel, como se o próprio ambiente conspirasse para envolvê-los.
Romeu e Isabella estavam presos naquele casulo, os corpos tão próximos que o ar entre eles parecia crepitar com uma tensão que vinha se acumulando por dias, olhares furtivos, toques interrompidos, desejos engolidos. Os beijos que trocavam queimavam nos lábios dela, uma faísca que prometia incendiar tudo.
Isabella sentia o calor irradiando do corpo de Romeu, o cetim da blusa de pijama colando à pele enquanto as mãos dele seguravam sua cintura, os dedos cravando-se com uma intensidade que traía o desejo que ele tentava, sem sucesso, conter.
Seus olhos a devoravam, escuros e famintos, mas havia neles um cuidado, uma atenção que notava cada detalhe. As cicatrizes ainda estavam ali, mas Isabella se sentia mais