A luz do sol atravessava as cortinas finas do quarto de hóspedes, desenhando listras douradas no rosto de Isabela. Ela abriu os olhos devagar, o corpo ainda aquecido pela noite intensa que compartilhara com Romeu. O calor dele ao seu lado na cama trouxe um rubor imediato às suas bochechas. *O que foi que a gente fez?* pensou, o coração disparando ao lembrar dos momentos da noite passada. Com cuidado, virou a cabeça e o viu dormindo, o peito subindo e descendo em ritmo tranquilo, os cabelos escuros bagunçados caindo sobre a testa.
Isabela se sentou na cama, puxando o lençol para cobrir o corpo, como se isso pudesse esconder a timidez que a dominava. Olhou para o relógio na mesinha de cabeceira: 9:47.
— Meu Deus — murmurou, os olhos arregalados. O café da manhã com o grupo, organizado para celebrar o aniversário de casamento de dona Helena e seu marido, o misterioso homem que todos sabiam estar ligado à máfia, já estava acontecendo. Ou, pior, já tinha acabado.
— O que vão pensar de mi