A porta do quarto se fechou com um clique suave, abafando o som da chuva que ainda castigava as janelas da mansão. O ambiente era um refúgio com móveis antigos, uma cama de dossel adornada com cortinas de veludo que pareciam sussurrar segredos de outra era. As luminárias de parede, com sua luz amarelada e suave, lançavam sombras, criando uma atmosfera de meia-luz que envolvia o quarto em um calor íntimo.

Romeu, ainda com os cabelos úmidos da chuva, guiou Isabella para dentro, a mão firme na dela, um lembrete silencioso de que ele não a deixaria sozinha após o que acontecera no jardim.

— Você está encharcada — disse ele, a voz baixa, mas com um tom de preocupação que fez o coração dela acelerar. — Vai tomar um banho quente e colocar algo seco. Agora.

Isabella, ainda tremendo, não do frio, mas da intensidade da conversa sob a chuva, assentiu. O peso das palavras de Isadora ainda estava em sua mente, mas o olhar de Romeu, firme e gentil, parecia apagar um pouco da dor.

Ela pegou um pijam