Elara sentia a necessidade de fugir de Ahmet, assim como sentiu de fugir de Demir. Algo parecia realmente fora do lugar. Ele nunca havia se imposto, fisicamente, a ela. Parecia possessivo, aflito, como se estivesse desesperado, como se a possuísse. "Isso está muito errado." Ela se certificava. Em casa, trancou portas e janelas, travando a porta do quarto com uma cadeira e se certificando das janelas bem trancadas. Raramente usou sua arma na vida, em geral, apenas para o exame de aptidão, naquela madrugada, deixava-a sob o travesseiro, pronta para atirar. "Estou perdendo minha cabeça." Ela concluía, sentindo a arma na mão. "Isso não é vida." Ela suspirou, tentando se acalmar e adormecendo, mesmo vigilante.
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Ahmet foi informado da chegada de Elara. Elegante, ele a via no laboratório e a notava com o coldre, armada e com a arma ao alcance de uma reação. Estava se sentindo ameaçada, isso era certo. Voltava ao trabalho, liberando cenas de crimes já exauridas, em horas,