CAMILA NOGUEIRA
— Com certeza vamos.
Ele estava sobre mim, seus braços apoiados de cada lado da minha cabeça, as luzes de fada penduradas nos galhos do carvalho acima de nós dançavam em seus olhos, fazendo-os parecer poças de mercúrio e fome.
Eu ri, um som agudo, nervoso e bêbado.
— Aqui? — Minha voz foi um guincho. — No jardim? Arthur, pelo amor de Deus, e se alguém nos vir?
Tentei me sentar, mas ele apenas colocou um único dedo no meu ombro, me empurrando de volta para a pilha macia de almofadas.
— E quem, exatamente, você acha que vai nos ver, minha rainha?
— Eu não sei! — olhei freneticamente ao redor. — Os vizinhos? Doria ou um empregado pode voltar! Um segurança!
A menção ao segurança fez seu sorriso se alargar.
— Os muros desta propriedade têm quatro metros de altura. O vizinho mais próximo está a meio quilômetro de distância, e ele é surdo. Doria está na casa da filha dela, assim como os outros em suas casas. E os seguranças... não ousaria ir contra minhas ordens.
Ele se incli