CAMILA NOGUEIRA

Meu corpo ainda estava vibrando como um fio elétrico desencapado. Eu mal tinha me recuperado do primeiro orgasmo que ele arrancou de mim, e agora eu estava de joelhos na cama dele, confusa e com a mente nublada.

Senti suas mãos quentes nas minhas costas. Eram grandes, cobrindo uma área enorme da minha pele, e eu me arrepiei.

— Arthur?

Ele não respondeu com palavras. Seus dedos, encontraram o fecho do meu sutiã. Não houve hesitação, nem um movimento desajeitado. Apenas um clique e, no segundo seguinte, ele estava sendo tirado do meu corpo. Quantos sutiãs ele já tirou na vida?

— Apoie as mãos na cabeceira — ele ordenou, a voz baixa e dominante.

Meu cérebro estava lento, processando o comando. Olhei para a cabeceira da cama. Sem questionar, como se eu não tivesse mais vontade própria, engatinhei para frente sobre os lençóis de seda. O tecido era macio contra meus joelhos sensíveis. Estiquei os braços, e minhas mãos se fecharam ao redor das colunas de madeira