O sol da manhã invadia as frestas da janela, espalhando uma luz dourada pelo quarto. Helena ainda estava na cama, abraçada a um travesseiro, quando sentiu Eduardo se movimentar de forma apressada.
— Já vai? — perguntou, a voz meio rouca de sono.
— Amor, desculpa… surgiu uma reunião urgente no escritório. — Ele ajeitava a gravata em frente ao espelho, os movimentos mais rápidos do que o normal. — Era pra ser remoto, mas pediram minha presença.
Ela se sentou na cama, ajeitando o cabelo.
— Mas você não tinha dito que hoje ficaria meio em casa? Que ia resolver tudo daqui?
— Eu sei, eu sei. — Ele suspirou, pegando a pasta e o relógio. — Mas é uma questão do jurídico, um problema antigo que voltou à tona. Só vou lá, resolvo, e volto. Te prometo.
Ela tentou sorrir, mas algo no tom dele acendeu um alerta. Não era comum Eduardo sair assim, sem muitos detalhes.
— Tá... — ela respondeu, controlando a vontade de perguntar mais. — Só... me avisa, tá? Quando estiver voltando.
Ele se aproximou, segu