O cheiro de café recém-passado preenchia o ambiente, e o som tranquilo da manhã contrastava com a inquietação que crescia no peito de Eduardo. Ele tentava disfarçar, arrumando distraidamente a mesa do café da manhã, enquanto Helena terminava de organizar os pratos.
O celular vibrou sobre a bancada. Ele estendeu a mão sem olhar, esperando alguma notificação qualquer. Mas assim que o nome de Henrique apareceu na tela, seu corpo inteiro enrijeceu.
— O que foi? — Helena percebeu na hora o tom que mudou. Seu olhar imediatamente buscou o dele, ansiosa.
Eduardo deslizou o dedo, abriu a mensagem e, ao ler, seu maxilar ficou rígido. As sobrancelhas se franziram, e sua expressão ficou tensa.
— Henrique. — respondeu secamente.
Helena imediatamente sentiu o estômago revirar. Pela cara de Eduardo sabia que não era boa coisa.
— O que aconteceu? — perguntou, dando dois passos na direção dele, as mãos começando a tremer.
Ele demorou alguns segundos, como se estivesse processando as palavras, e finalm